domingo, 18 de março de 2012

Lançamento de livro sobre crônicas

O gênero crônica é um dos que mais gera discussões entre os teóricos da literatura, em especial por sua ligação com os jornais. Mas atualmente tem se popularizado, graças a internet, e sua linguagem mais informal. 

No próximo dia 27 acontece em Curitiba, o lançamento do livro "Eu quero ser escritor - crônicas" , exclusivamente dedicado ao estudo do gênero. Organizado pela escritora Isabel Furini. Desde 1999 ela ministra oficinas para aspirantes a escritores no Solar do Rosário, mas só em 2005 organizou um livro com textos produzidos pelos alunos. "Foi uma experiência terrível, não deu muito certo. A parte gráfica ficou muito simples, não acertamos na capa, enfim, não saiu o livro que queríamos. Mas, com a experiência fomos melhorando. O livro "Passageiros do Espelho", que publicamos no ano passado com ex-alunos das oficinas ficou lindo! Nesse livro Miguel Sanches Neto colaborou gentilmente com um conto, foi o nosso convidado especial e deu um charme extra ao trabalho", conta. 

Segundo Isabel a ideia de um livro exclusivamente para falar sobre a crônica surgiu  quando ela publicou "O Livro do Escritor", que fala de conto e romance. "Anthony Leahy, editor do Instituto Memória, falou que também seria interessante abordar a crônica. Por isso, o primeiro livro da coleção EU QUERO SER ESCRITOR, trabalha somente o gênero crônica. É um livro de estudo do gênero, mas no final tem vinte trabalhos exemplificando maneiras diferentes de estruturar crônicas. Foram convidados escritores com nomes reconhecidos como Paulo Venturelli, Adélia Maria Woellner, Marília Kubota, José Feldman, Silvia Araújo, as jornalistas Andreia Cibele e Luana Gabriela Silva e também alunos que são cronistas iniciantes, entre eles, a pedagoga Luiza Guarezi, o artista plástico Carlos Zemek, Susana Arceno Silveira, e outros. 

Sobre o gênero Isabel diz que a a internet ajudou muito para popularizar a crônica."Muitas pessoas que escrevem em sites ou blogs começaram a familiarizar-se com o gênero". A escritora diz não acreditar na marginalização do gênero, mas reconhece a confusão histórica a que ele é constante submetido. "Não acredito que seja marginalização, penso que a proximidade do conto e da crônica, a falta de limites precisos entre esses gêneros poderia provocar longas discussões. Muitas vezes, em concursos de contos acontecem brigas, porque o texto ganhador é considerado uma crônica por alguns dos participantes. Sentem-se injustiçados. Uma crônica e não um conto (na avaliação deles) ganhou o primeiro lugar. Por isso, acho excelente que conto e crônica concorram na mesma categoria no Prêmio Jabuti", defende. 

De acordo com Isabel, a crônica está em um bom momento."Muitos escritores estão dedicados a esse gênero, e como a crônica admite personagens, comentários, diálogos, ponto de vista, fofocas, críticas, dá liberdade para lapidar o próprio estilo", explica. 

O lançamento acontece no próximo dia 27, no Palacete dos Leões, às 19h. Informações (41) 3352-3661. O livro pode ser adquirido na ocasião ou posteriormente pelo site da editora http://www.institutomemoria.com.br.




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