segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Boa notícia

Desde a época em que comecei a faculdade, sete anos atrás,  passo sempre pelo terminal de Portão. Na frente do terminal está localizado o Muma - Museu Metropolitano de Arte de Curitiba. Nunca pude visitar o museu, que é o mais próximo da minha casa. Nunca pude nem ao menos pisar na sua entrada, porque desde aquela época ele é cercado por tapumes de madeira, cheios de grafite.

Mas a situação deve mudar em breve, segundo reportagem publicada na Gazeta do Povo, de hoje. De acordo com a matéria o museu deve ser reaberto em março do próximo ano, com a sala de cinema e demais espaços revitalizados. O acervo, atualmente está abrigado no Memorial de Curitiba, e cresceu mesmo nestes anos em que o Muma permaneceu fechado. Há obras de Pablo Picasso, Cân­­dido Portinari, Djanira e Poty Lazzarotto.

No Cine Guarani, localizado dentro do Muma, as poltronas estão sendo trocadas, e a programação seguirá a da Cinemateca, com filmes que estão fora do circuito comercial, que é só o que se pode ver nas salas de cinema dos shoppings na região do museu.

Até agora foram gastos R$ 4,3 milhões e mais R$ 1,2 milhão deve ser gasto até o fim das obras.


Fachada original do MUMA
Mas desde 2005 é assim que eu o vejo


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Antologia de Contos - Passageiros do Espelho reúne novos autores

Oficinas literárias revelam talentos. Assim surgiu o livro Passageiros do Espelho. A obra, uma antologia de contos, tem como autores ex-alunos da Oficina Literária do Solar do Rosário, em Curitiba. A pedido da editora Íthala a escritora e responsável pelas aulas da oficina, Isabel Furini, organizou a obra, que será lançada no próximo dia 26, terça-feira. A tarefa foi um desafio. “Muitos dos ex-alunos têm os seus próprios projetos, estão escrevendo seus livros, outros desistiram de escrever, mas afirmam que continuam lendo e aprendendo”, conta Isabel. 

Ao todo estão reunidos contos de 10 ex-alunos, e ainda da poeta Zeltia G., que mora na Espanha, o escritor Miguel Sanches Neto, como autor convidado. “Para alguns é o primeiro trabalho publicado”, lembra Isabel. Não para todos, Fernando Botto, por exemplo, colaborou com dois contos: Girinos no copinho e Rachaduras. “Publiquei outros dois livros "Alho cebola e beijo na boca" (2004) e "Fungos da Mongólia" (2010), ambos de contos de humor”. Apesar de ter experiência Fernando não tem na literatura sua atividade profissional principal. “Atuo como consultor de negócios e de planejamento estratégico de empresas”, explica. Já Maria Edna Holer de Oliveira, tem seis textos no livro. “Amo escrever e ao ser convidada a participar da antologia de contos, aceitei o desafio”. Ela já possui outras obras publicadas como o livro de poesia Alma Serena,  textos na antologia Retratos de Mãe e o livro Alvorecer da Poesia. “No momento estou preparando um livro de crônicas que pretendo lançar em 2012”, adianta. 

São os mais diversos autores reunidos em uma mesma obra. Zeltia G., divide-se entre ser mãe de seis filhos, trabalhar em um periódico voltado à literatura e outras atividades. “Participar de Passageiros do Espelho foi uma experiência gratificante. Algo que devo agradecer ao gentil convite de Isabel, a quem conheci há algum tempo quando participei de uma antologia de poesias”, explica. Zeltia participa com dois relatos: Todas as almas de meu espelho e Um bom profissional. “Creio que o livro será o primeiro de muitos novos autores, a sensação de estar publicando algo, o sentimento de realização após um esforço em cima de um texto fará muito de nós, autores do Passageiros do Espelho, seguir a diante nessa vida de escritor”, espera Isabel. 

Convite para o lançamento do livro

Alessandra Magalhães, bacharel em Direito pela PUC–PR é uma das autoras que tem pela primeira vez a experiência de ter um trabalho publicado. “Na verdade comecei a me dedicar à literatura no ano passado durante o curso de "Literatura Infantil" ministrado pela Isabel Furini no Solar do Rosário”, diz e completa: “A proposta do livro foi muito interessante juntar contos de  autores  que escrevem de maneira tão diferente. Isabel é minha grande incentivadora e desde que participei da sua oficina passei a me frequentar outros cursos de Criação Literária e aprimorar esta arte que é para mim uma verdadeira paixão”, diz Alessandra encantada com o novo mundo de possibilidades que se abre. Fernando Scaff Moura compartilha dessa sensação. Fernando é historiador e desde criança gosta de ler. “Tenho vários textos guardados, mas nada que tenha me feito acreditar em levar a sério uma vida de escritor. Graças a Isabel, com o curso “Como escrever um romance” no Solar do Rosário, comecei a entender melhor as nuanças da literatura, entender como se faz um bom texto e o prazer de se dedicar sobre as linhas”, conta.

Assim como há diversidade no perfil dos autores na temática não é diferente. “Para respeitar a tendência de cada autor permitimos que falassem de assuntos diferentes, que vão da história de uma bailarina à ditadura militar na América Latina, do primeiro amor de uma menina ao rancor de uma idosa, de uma festa de aniversário ao balanço de uma vida. São palavras, imagens, histórias, ecos do diário viver dos quais os contos são como espelhos. E cada autor como um passageiro do espelho narra um momento da vida de alguma personagem que pode ser alegre ou triste”, conta a organizadora.

A internet tem sido já há alguns anos uma gaveta aberta para novos escritores mostrarem seu trabalho e até mesmo submetê-lo à avaliação do público. É o caso de Sônia Maria Cardoso que tem três textos no livro Passageiros do Espelho. “Gostei muito de participar da 'construção" do Passageiros do Espelho pois é a chance de trazer à luz alguns de meus contos, já que até aqui só tenho poesias e um romance publicados. Publico contos no gargantadaserpente.com.br”, explica. Também com três contos no livro e publicações na internet está Elayne Sampaio. “Escrevo e publico contos nos sites Recanto das letras, autores.com e Portal literal. Tenho alguns trabalhos expostos no site Mesa do editor. Tenho também um blog (devaneiosdeescritor.blogspot.com) onde publiquei alguns textos. Estou produzindo meu terceiro romance, enquanto aguardo o lançamento da antologia” diz. 

A popularização de blog’s e oficinas literárias tem revelado autores e realizado sonhos que estavam esquecidos nas gavetas. O lançamento de Passageiros do Espelho é a comemoração pessoal de cada autor e uma conquista da literatura contemporânea, em face ao preconceito canônico e mercadológico.

Serviço:
Lançamento Antologia de Contos –  Passageiros do Espelho
Quando: 26/07/2011
Onde: Palacete dos Leões – Av. João Gualberto, 530 Curitiba – PR
Horário: 19h
Informações: (41) 3219-8000


Redação: Luana Gabriela da Silva
Imagem: Divulgação

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Vidros e Filosofia

A combinação inusitada é a base da nova exposição da artista plástica Désirée Sessegolo. A curitibana, que é também empresária, tem conquistado público e crítica com sua técnica exclusiva de fusão de vidro.


Quem quiser conhecer o trabalho de Désirée pode conferir a exposição inédita, Quintessência, aberta no próximo dia 9, na Casa João Turin.


Serviço:

Exposição Quintessência
Data: de 9 de junho a 21 de agosto
Local: Casa João Turin



Redação: Luana Gabriela
Foto: Daniel Katz

Convite: Secretaria de Cultura do Estado


terça-feira, 26 de abril de 2011

Som da cidade: Lemoskine é destaque no cenário curitibano

Rodrigo Lemos é o porta-voz da Lemoskine. A banda que tem pouco tempo de estrada já tem público cativado, e muitos projetos. Um pouco pela experiência de Rodrigo, ex-Poléxia, e outro tanto pelas parcerias bem sucedidas. Leia abaixo entrevista com Rodrigo sobre a Lemoskine, cultura curitibana e projetos paralelos do próprio Rodrigo. A entrevista foi concedida por e-mail. 

Quem forma o Lemoskine? Como o grupo se formou?
A banda começou como um projeto solo, no qual eu gravava a maior parte dos instrumentos e enviava as canções para minha lista de e-mails - por dois anos consecutivos escolhi o Natal como data ideal para "presentear" os amigos. Mas, de um jeito muito natural, os músicos que participaram das gravações seguintes foram ganhando mais espaço nesse projeto, de forma que hoje tenho muita sorte de poder contar com Alexandre Rogoski (bateria), Vinícius Nisi (piano, sintetizador, samples), Diego Perin (baixo, concertina, clarineta), Thiago Chaves (guitarra, vocais) e Luís Bourscheidt (percussão e vocais) para me acompanhar nos palcos e na vida.

Entre alguns dos teus trabalhos com maior exposição está a Poléxia, a banda acabou, mas o que ficou em você daquele período polexiano? 
Foi minha graduação, né? Um projeto "quase famoso", como o próprio nome sugeria. Eu vivi muito intensamente a Poléxia e, certamente posso falar pelos outros, aprendemos muita coisa juntos. Foram anos especiais (2002-2009) em que conhecemos muita gente, tocamos em várias cidades, fizemos contatos profissionais também, aquele background todo... E "o que ficou" é a sensação de dever cumprido. Durou o que tinha que durar. Atingiu o que pôde ser atingido sem nenhum investimento de gravadora.

O som do Lemoskine tem uma proposta diferente do que você já fez com a Poléxia, e do que faz com a Banda mais bonita. Quais são as influências da Lemoskine?
Esse grupo de canções que estamos trabalhando nos shows (tem uns 40 minutos de duração) são mais influenciadas pelo Brasil. Então não quer dizer que estou fazendo, samba, bossa, coco, mangue... mas que, sim, eu tenho vontade de deixar esses elementos aparecerem. "Alice", "Carona" e "Menina Laranja" são vieram a partir disso. Aí, para citar nomes, entra muita influência de Otto e Nação Zumbi. E a coisa de experimentar timbres, texturas... é culpa do Radiohead que não sai da minha cabeceira desde 1997.

O nome deste projeto é uma brincadeira com seu sobrenome e o moleskine. Desde o seu primeiro, quantos você já usou? Você costuma anotar as ideias ou acha que se a ideia for boa, ela volta?
Eu ganhei meu primeiro Moleskine no fim do ano passado!!! Eu, de fato, uso mais para anotar compromissos do que idéias musicais, mas já tenho pensado em lançar um personalizado, com letra e cifras das músicas, links, sei lá... Se souber de algum investidor que queira bancar a idéia "moleskine do Lemoskine", me avisa :P

Além da Lemoskine e da Banda mais bonita da cidade, (esqueci algum projeto?), você também é produtor musical e trabalha com trilhas de teatro e cinema. Como foi seu envolvimento com estas duas artes. Em que peças, filmes a gente pode encontrar seu trabalho?
Tem o Naked Girls and Aeroplanes, que é uma espécie de "banda de gravação" formada por mim, Artur Roman e Wonder Bettim (integrantes dos Sabonetes). A gente tem se encontrado pra registrar umas canções folk que fazemos em inglês, sempre com algum convidado especial (www.soundcloud.com/nakedgirlsandaeroplanes).

Sobre o trabalho: recentemente, trilhei um episódio de Casos e Causos da RPC, que se chama "Nunca Volte a Fuerte Rosário"; da Asteróide Filmes. No teatro, fiz direção musical do espetáculo "Elizaveta Bam", dirigido por Edson Bueno e Nadja Naira, e ajudei no processo de duas peças da companhia Teatro de Breque, que são "Chiclete e Som" e "Com Amor". Em andamento, e com estréia prevista para o segundo semestre, vem o longa metragem "Circular" - parceria das produtoras Processo Filmes e Grafo Audiovisual - no qual assino produção musical.
Capa do primeiro EP da Banda

Você é curitibano? O que mais aprecia na cultura local?
Não sou. Sou carioca. Mas moro aqui desde os 10 anos e não sei exatamente o que me instiga. Deve ser essa pluralidade das coisas... Não existe um estereótipo cultural, um modelo, um gênero do qual o artista não possa escapar. Talvez um tempo fora me diga o que mais me instiga na cidade, mas por hora só sei do que fazemos dia após dia, que é: trabalhar para crescer enquanto ser humano e continuar expressando nossas idéias.

E segundo a sua visão, qual o maior problema para o desenvolvimento cultural de Curitiba?
Nenhum. Não concordo com essa visão de que falta algo. Pelo contrário. Acho que algo de muito positivo está acontecendo e as pessoas (público e artistas) estão sentindo isso também.
Quais são os próximos shows da Lemoskine? 
Estou concentrado em terminar um novo EP e finalizar no começo de maio em viagem que farei a Nova Iorque. Então, não marcamos nada para os meses de abril e maio mas, em junho, participaremos do "Acústico Mundo Livre", projeto já bastante conhecido aqui da cidade.

Quais são as aspirações da banda, e os projetos para 2011?
A maior urgência é conseguir rodar um clipe bem bonitão de "Alice"... A canção já figurou em podcast gringo, entrou na programação da rádio Oi FM e está em destaque na edição desse mês da Rolling Stone BR. A repercussão pegou a gente de surpresa... Então, vai ser um sonho se este clipe ficar pronto logo. Além disso, claro, o foco é a estrada! Lançar essas novas faixas, juntar com as que já foram lançadas e fazer muitos shows pra continuar propagando o som.
Redação: Luana Gabriela 
Foto: DIEGO CAGNATO

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quintana Café: comida é arte

Unir arte e gastronomia, poesia e  sabores é o objetivo do Quintana Café. Leia abaixo entrevista exclusiva com Gabriela Carvalho, que a chef e uma das sócias do Quintana. Como já cantou uma banda de rock nacional, comida é arte.


O Quintana Café está aberto desde 2008, mais que um café é um espaço cultural. Esse é o diferencial? 

O Quintana Café & Restaurante une gastronomia e literatura em um ambiente ideal para quem busca bom gosto, qualidade e cultura. No almoço, a mesa gastronômica oferece pratos da culinária brasileira e internacional, preparados com produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e naturais. Ervas, especiarias, verduras, frutas, grãos, massas, carnes e frutos do mar fazem parte do cardápio.  

A inspiração vem das ricas culturas gastronômicas do mundo. Vivi em diversos países e cidades do Brasil durante 12 anos, crio pensando em pratos que alimentem o corpo e a alma, com saúde, qualidade, charme, aroma e sabores especiais. A utilização de produtos orgânicos, regionais (provenientes do Paraná e visando a sustentabilidade) e com origem garantida de qualidade permite que o benefício ao cliente seja ainda maior. 

A cada dia da semana uma influência cultural inspira a criação dos mais de 25 pratos da mesa gastronômica. Na segunda-feira, por exemplo, é dia de influências do Mediterrâneo, e na terça, de pratos norte-europeus. Nos finais de semana, a mesa é ainda mais especial, oferecendo o Brunch, mistura de café da manhã e almoço, original dos Estados Unidos, adaptado ao paladar brasileiro. Durante a tarde, o Quintana oferece lanches, sanduíches, tortas, doces, cafés especiais, sucos, drinks e muitas delícias. 
 
Entre tantos poetas e escritores, por que o Quintana?

Estudamos vários nomes, vários títulos e autores. O primeiro livro que ganhei do Rogério foi um livro de Mario Quintana. Suas poesias e frases ficaram comigo durante um período, enquanto buscávamos um nome que poderia representar os dois mundos: literário e gastronômico.  Como se fosse força do destino, peguei o livro da cabeceira e levei para nossa reunião final de definição para o nome do projeto. Tanto eu quanto o Rogério tínhamos uma lista de outros nomes. Quintana foi sugerido e o primeiro a ser imediatamente aceito por todos.  Logo depois veio o processo de consultar a família Quintana e solicitar a aprovação deles.

Quintana Café: comida e arte à mesa

Como surgiu a ideia de montar uma biblioteca no Café?

O Quintana nasceu por duas paixões.  A minha, pela gastronomia, pelo desejo de ter um espaço que fizesse bem aos 5 sentidos, focando na qualidade de uma alimentação e que através dela tocasse os outros sentidos.  O meu sócio, Rogério Pereira respira literatura e cultura.  Seu sonho era um café literário.  Unimos os sonhos e as idéias.  Surgiu o Quintana. 

O charme, veio do amor, do prazer em lidar com o que gosta e certamente do trabalho dedicado de cada um e de todos os parceiros que compreendem a nossa proposta.  Enquanto eu fazia testes e degustações de pratos e sabores, criava a horta e pensava no ambiente, o Rogério trazia as idéias literárias, nomes de pratos inspirado nos autores e vínculos culturais para o local.  

Os clientes costumam emprestar livros? 

Sim. O Quintana Café & Restaurante oferece ainda centenas de opções de leitura. Todos os livros estão disponíveis para empréstimo sem custo, aos clientes. 

Quais os títulos mais emprestados?
Não tem um ou alguns livros em especial, nossa ideia é que o cliente “vasculhe” na nossa biblioteca, e encontre livros diferentes. Isso acaba que diversifica muito os títulos emprestados. 
Biblioteca é diferencial do Café

O espaço de vocês também recebeu a exposição do Quintana em Imagens. Tem alguma outra em vista? 

A exposição foi até o dia 26 de março.  A ideia da exposição Quintana em imagens foi retratar em 16 fotos os versos simples de Quintana, refletindo imagens fortes e repletas de musicalidade que marcaram gerações de leitores. Para compor a exposição, os artistas buscaram inspiração nos sonetos do poeta, usando técnicas distintas para traduzir em imagens o trabalho de Mario Quintana.

Quais os planos do Quintana Café para 2011? 

Continuar oferecendo uma gastronomia de qualidade, em uma abiente aconchegante, sempre trazendo novos pratos e inspirações culinárias. Além disso, nosso foco em 2011 está em realizar mais eventos fechados no Quintana, como aniversários e comemorações em geral.

Há planos para fazer algum informativo, revista, algo dessa natureza?

Certamente, mas ainda sem data definida. Levar mais informações sobre gastronomia, cultura e saúde a nossos clientes é um de nossos objetivos. 



Serviço:
Quintana Café e Restaurante

Onde: Av. Batel,1440
Fone: (41) 3078-6044 / (41) 3078.8944
Quando: Seg a Sab, das 11h30 às 18h e Domingo, das 12h às 16h.
Site: www.quintanacafe.com.br

Entrevista: Luana Gabriela 
Fotos: Divulgação
Colaboração: Literato Comunicação

terça-feira, 12 de abril de 2011

Então você quer ser escritor? Miguel Sanches Neto fala sobre seu mais recente livro

Escritor, professor e colunista Miguel Sanches Neto é acima de tudo, ou antes de mais nada, leitor. Ele concedeu entrevista exclusiva ao 500g de cultura, por e-mail. Sanches Neto fala sobre seu mais recente livro “Então você quer ser escritor?”, lançado pela Record e ainda sobre a literatura nacional e os novos escritores. Leia abaixo entrevista completa. 



 Este seu novo livro de contos sai após 8 anos de sua última publicação neste gênero. Por que esperou tanto para lançar uma nova coletânea?

Eu escrevo em vários gêneros. Cada um deles tem um tempo diferente de maturação. Um livro de crônicas nasce mais rápido porque estamos semanalmente escrevendo crônicas. Um livro de poemas pode demorar uma década, pois no meu caso eu escrevo dois ou três poemas por ano. Lancei agora uma antologia de poemas, com textos de outros livros e alguns ainda inéditos – chama-se Alugo palavras (Edelbra, 2010) – mas o próximo livro com os inéditos está programado para 2015! Livros de contos e poemas são obtidos por acumulação – vamos guardando os textos até eles formarem um livro. Já romance é algo que geralmente escrevo ao longo de um ano de trabalho e acaba publicado no ano seguinte. Esta demora do livro de contos é própria da sistemática de escrita que adoto.

Em qual estilo se sente mais à vontade e por quê?

Eu me sinto mais à vontade no romance, porque sou um escritor afeito a textos longos. Mesmo meus contos e alguns de meus poemas são longos. No romance, é possível dizer muito mais, criar situações mais complexas, levar o leitor de um lado para o outro. É uma forma literária muito agradável tanto para ler quanto para escrever.

O nome do livro, e de um conto que o compõe, é uma crítica à exploração do sonho que muitas pessoas têm de ser escritoras? Você não acredita que os inúmeros cursos e palestras que visam despertar e ensinar o ofício escritor são válidas e eficientes?

Não digo que seja uma crítica, mas é uma ironia. Todo mundo quer ser escritor, mas poucos querem ser leitores. Transportemos isso para o futebol: e se todos os torcedores fanáticos quisessem jogar profissionalmente? Sou favorável a todo aprendizado da escrita em todas as faixas sociais e de idade, mas não podemos perder de vista que, antes de mais nada, nós devemos ser leitores. Hoje, há um glamour em torno da figura do escritor. Conheci um jovem que queria ser escritor e perguntei o que ele estava lendo – me confessou que até então só tinha conseguido ler um livro em toda a vida.

O que é preciso para ser escritor?
Apenas 5 coisas: primeiro: leitura; depois: mais leitura: em seguida: mais leitura; por fim, é preciso ter um olhar atento à realidade; e também imaginação.

Você é professor de literatura, é comum que seus alunos te mostrem material literário deles, para uma análise?

É comum sim, e confesso que isso não me agrada. Leciono num curso que forma professores, então tenho que preparar pessoas conhecedoras de literatura brasileira – minha disciplina – e não escritores. Na sala de aula, eu sou professor; não sou escritor. Faço esta distinção de maneira bem clara. Quando eu der uma oficina literária, aí serei escritor e professor ao mesmo tempo. Os jovens são muito afoitos.

De todos os seus personagens, qual se parece mais com você, nas atitudes, nas inquietações, na visão de mundo?
Provavelmente, o professor Carlos Eduardo, do romance A primeira mulher (Record, 2008). Ele é mais cínico e mais libertino do que eu, mas é um personagem que está próximo de minhas ideias sobre o mundo contemporâneo, embora em não assine tudo que ele diga.

O que você está lendo atualmente?
Acabei de ler um ensaio sobre o poeta na sociedade moderna – chama-se A dádiva: como o espírito criador pode transformar o mundo (Civilização Brasileira, 2011), de Lewis Hyde. E estou lendo agora um velho romance histórico – O drama da Fazenda Fortaleza, do Davi Carneiro, livro de 1941. Além de material variado para a escrita do meu próximo romance.

Tem algum novo autor que ficou esquecido ano passado, e que você considera como revelação?

Não.

Não há lançamento previsto do livro em Curitiba, correto?
Como publico muito, parei de organizar lançamentos. Aceito sempre convite para participar de eventos, e, nestes eventos, havendo lançamento, submeto-me a eles. Sou tímido, e fazer lançamento é algo psicologicamente complicado para mim.

Quais são seus próximos projetos para este ano?
Sai um livro de ensaios sobre literatura brasileira pela Ateliê Editorial, de São Paulo. O livro se chama Valores da literatura. É um tipo de texto mais técnico. E eu tento trabalhar no meu novo romance, que vai se passar em meados do século XIX.

Deixe um recado para nossos leitores:

Nunca esqueçam do gosto solitário da leitura.



Leia abaixo trecho inicial do conto  “Então você quer ser escritor?” do livro homônimo.


"Antes eu olhava as orelhas dos livros de autores mais velhos para ver com qual idade haviam escrito suas obras-primas, sofrendo ao saber que muitas surgiram quando eles eram bem mais jovens do que eu. Hoje, às vésperas da velhice, confiro a idade dos jovens autores, que estréiam cada vez mais cedo, e vejo que estamos sendo sucedidos por uma geração afoita. São belos, trazem a juventude na pele sem marcas, nos cabelos bem cuidados, nos músculos expostos e nos lábios sensuais, produzindo uma literatura que, diante desses outros atributos, não conseguimos sequer avaliar. Leio os dados biográficos, estudo as fotos e dou uma folheada nos livros, sem o menor ânimo. Tanta beleza ofusca qualquer qualidade literária. Atordoado por esta exuberância, lembro-me de uma frase de Hemingway: “A maioria dos escritores vivos não existe”. Digo isso em voz alta quando estou na frente da estante de lançamentos em alguma livraria, e sempre desperto olhares desconfiados, o que me obriga a deixar o livro na prateleira e ir embora com a sensação de ser observado por todos. Mas ontem, depois de repetir as palavras de Hemingway, despertando em uma jovem ao lado um riso de desprezo, me senti atraído por um livro." 

Após 8 anos Miguel Sanches Neto lança novo livro de contos


Redação: Luana Gabriela da Silva
Foto: Hugo Harada

terça-feira, 5 de abril de 2011

Caio F. Abreu inspira companhia curitibana

O amor em suas várias formas, em seus vários sentidos. Este é o tema da peça "Amor e Ponto", baseada na obra do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. "Sou apaixonada pelo Caio F., leio os textos e penso: eu poderia ter escrito. Me identifico muito", conta a diretora do espetáculo, Adriana Sottomaior. Amor e Ponto não é a primeira peça inspirada no autor que Adriana dirige, há alguns anos ela também adaptou o conto "Pela noite". "Sou mais voltada para o teatro político e era avessa a falar de amor, mas Caio mostra que é possível falar de amor sem ser piegas", explica.

Contos do escritor gaúcho são encenados pela Metáfora Cia de Teatro
O espetáculo é realizado por alunos do Núcleo de Profissionalização Teatral (NPT) do Teatro Lala Schneider, onde Adriana também dá aulas. "Nossos melhores alunos estão participando da peça", afirma.

Entre os contos apresentados estão Sapatinhos Vermelhos, Uma História de Borboletas, Dama da noite, Por um Desespero agradável, Os sobreviventes e Sem Ana, blues. "Quem ainda não leu Caio F. vai sair com vontade de ler, é um dos meus objetivos", conta. "Minha ideia era mostrar as diversas formas de amor, de maneira não-clichê, e que o público se identificasse com as situações, são cenas contemporâneas. Eu queria falar de amor e ponto, sem julgamentos. Pensei no nome antes mesmo de definir o texto", explica.
Intensidade, emoção e verdade são elementos do espetáculo

Adriana conta ainda que primeira obra que leu do autor foi "Triângulo das Águas" e um de seus livros favoritos é "Os dragões não conhecem o paraíso", ganhador do Prêmio Jabuti de melhor livro de Contos.

A trilha sonora é um personagem importante. "Pensei na trilha de forma especial. Caio sempre escrevia: para ler ao som de, a música é importante aliada à obra dele", diz. Os espectadores são levados a sentir toda a atmosfera do amor já nos primeiros minutos, quando um dos atores toca "Say it to me now", da trilha sonora de um dos melhores filmes indies dos últimos anos - Once.

Amor e ponto é uma das peças imperdíveis do Festival de Curitiba, e ponto.

As próximas apresentações do espetáculo "Amor e Ponto" acontecem no próximo fim de semana, no Teatro Edson D'Ávila.


Serviço:

Amor e Ponto
Dias: 9 e 10/04
Hora: 18h30
Informações: (41) 3232-4499

Redação: Luana Gabriela
Fotos: Lorrayne Rodrigues - cedidas pela produção do espetáculo

sexta-feira, 25 de março de 2011

Biblioteca Pública busca atualização

Desde o início do ano a Biblioteca Pública do Paraná (BPP) tem um novo diretor. Rogério Pereira, responsável pelo jornal literário Rascunho, assumiu a diretoria e tem como meta a atualização do acervo. “Queremos mostrar ao nosso usuário que, já no início dessa gestão, a prioridade é a aquisição de livros e a atualização do acervo, oferecendo ao público o que ele busca e o que a literatura produz”, afirma.

A partir da próxima segunda-feira, 28, os usuários terão à disposição mais de 3 mil novos livros. As obras são títulos de literatura contemporânea brasileira e estrangeira, livros técnicos, clássicos da literatura e best-sellers, formando um acervo atual e diversificado. Os livros foram repassados pela Secretaria de Estado da Cultura (Seec) para o início do restabelecimento do acervo da BPP. 

Mais de 3 mil novos livros estão à disposição do usuário da BPP
Entre as aquisições constam obras de Bernardo Carvalho, Chico Buarque, Tony Bellotto, Luiz Ruffato, Ian McEwan e Philip Roth, entre outros. O novo acervo ainda conta com livros técnicos, histórias em quadrinhos e literatura infantojuvenil.

Redação: Luana Gabriela e Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura do Paraná
Foto: Divulgação

segunda-feira, 21 de março de 2011

Você quer ser escritor? Palestra dá orientações para produzir ficção

Quem quer ser um romancista? A pergunta parece retórica, mas não é. Com a popularização dos blog´s literários, e a facilidade em publicar textos na web, muitos escritores anônimos têm buscado aperfeiçoar suas técnicas através de cursos, oficinas e palestras. 

Amanhã, 23, a escritora Isabel Furini, 61 anos, ministra palestra com a temática "Como escrever livros de ficção", na Livrarias Curitiba do Shopping Estação. Isabel conta que deu a primeira palestra focada neste tema em 1999, revelando que o interesse pelo crescimento e desenvolvimento da escrita ficcional não é de hoje."A ideia surgiu porque muitos alunos meus apresentaram desejo de escrever livros e precisavam de orientação", explica.

A escritora revela que nos últimos anos a procura  pela palestra aumentos. "O número de pessoas interessadas cresceu consideravelmente nos últimos anos. A popularização dos blogs (que funcionam como treinamento de escrita), as oficinas literárias e o aumento das “editoras por demanda”  com preços competitivos, encorjaram as pessoas", afirma.

Busca por aperfeiçoamento tem crescido nos últimos anos
Mas nem tudo é tecnica, concorda Isabel. "Ser escritor é ter paixão pela escrita.  Aprimorar o próprio estilo.  O escritor escreve porque essa é a maneira de expressão de sua alma.  Já o autor  é diferente, é aquele que escreve uma obra para esclarecer algum assunto,  profissional, político, religioso, etc. E para ser um bom romancista é preciso talento, mas também precisa treinar arduamente para encontrar o seu estilo, a sua voz", diz.

Além de palestras Isabel está lançando a segunda edição de um concurso de poesia “Poetizando o Mundo”. "Também estou reunindo alguns antigos alunos com o intuito de publicar uma coletânea", conta.

Isabel deixa um recado para quem quer se aventurar no mundo a ecsrita: "O caminho não é fácil, é preciso ler muito, analisar os textos,  refletir,  escrever, reescrever – e persistir. Como falava minha avó, que era Italiana, Roma não foi construída em um dia".

Isabel está lendo: O livro de contos, A Invasão, de Ricardo Piglia.

Principais obras de Isabel Furini: O Amor e Nós,  (1997),  Mensagens das Flores(2000), O Livro do Escritor (2009).
Infantil: “Corujinha e os filósofos”, 2006.

Serviço: 
Palestra Como escrever livros de ficção
Quando:22/03
Horário:19h30
Onde: Livrarias Curitiba do Shopping Estação

Redação: Luana Gabriela da Silva

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tudo no mundo começou com um sim ( A Hora da Estrela)

Não é muito, mas é tudo! 

Não há como começar um texto falando sobre Clarice Lispector e sobre a peça Minha vontade de ser bicho, que a presta homenagem, se não com uma contradição. O espetáculo, encenado no Teatro Novelas Curitibanas,  é permeado de contradições, é intenso, tem alma de Clarice. 

Segundo o diretor Edson Bueno, 55 anos, o texto é em grande parte da escritora. "O texto é 97% dela, meu papel foi interligá-los", conta. Bueno é leitor de Clarice há cerca de 20 anos, e já produziu outra peça baseada na obra de Lispector, intitulada Onde estivestes à noite, em 2000. 

Peça está em cartaz desde 17 de fevereiro, com sessões empre lotadas


O seu segundo espetáculo baseado na obra e vida da escritora, que está em cartaz atualmente, tem conseguido sessões lotadas. "O sucesso desse trabalho me surpreende especialmente porque a obra de Clarice não é fácil, as pessoas têm de ter pré-disposição. De início até ficam receosas, mas logo embarcam junto, e essa relação da peça com o público é impressionante", diz. 

Parte do público que vai assistir já leu algo de Clarice, mas os que nunca leram, saem com sede de Lispector. " Tenho um amigo que nunca havia lido nada dela, saiu daqui pronto para começar", conta o diretor. Ele ainda aponta seu livro favorito: A paixão Segundo G.H. e seus contos prediletos: O crime do professor de matemática e Felicidade Clandestina. "Esse  fala de quem somos realmente, da felicidade que só nós mesmos conhecemos", diz. 

Minha vontade de ser bicho: intensidade e questionamentos
A peça é baseada em três momentos da vida da escritora - que negava o título - o momento em que seu grande amor está morrendo, quando é obrigada a abandonar um cachorro para cuidar de seu filho e ainda sua doença, que a levaria à morte. Todos têm como foco principal tratar da separação, despedida, morte. "Esse espetáculo tem espírito de amar Clarice e sua arte. Tentei incluir uma densidade clariceana, acho que consegui", explica Bueno. 

De acordo com o diretor a peça está  entre as atrações confirmadas do Festival de Curitiba  em 2012.  Mas quem não quer esperar até lá precisa correr. Graças ao sucesso de público haverá duas sessões extras nesse final de semana e a procura pelos ingressos é grande.

Clarice pode morrer um dia, amanhã quem sabe, mas está vivíssima, Meu Deus, dentro da gente.

Serviço:
O que: Minha vontade  de ser bicho
Onde: Teatro Novelas Curitibanas
Quando: Até dia 20 de março
Informações: (41) 3321-3358  

Redação: Luana Gabriela
Fotos: Arquivo da Produção

segunda-feira, 14 de março de 2011

Concorrência

Ano passado para complementar a matéria do lançamento do livro da Martha Medeiros, Fora de mim, realizei uma pesquisa de preço entre as principais livrarias de Curitiba. Minha surpresa foi constatar que não havia diferença nos preços praticados pelas três marcas mais expressivas da capital. A diferença de preço se restringia às lojas on-line das livrarias pesquisadas. 

Esse quadro pode mudar no segundo semestre deste ano com a inauguração da Livraria Cultura. Instalada no Shopping Curitiba, a loja vem com conceito novo na capital paranaense. Além da comercialização de livros, cd´s, dvd´s, etc. também abrigará um teatro, batizado de Eva Herz, em homenagem a fundadora do grupo. Esta é a segunda unidade da rede na região Sul - a primeira está localizada em Porto Alegre. “Estamos muito animados com a abertura de uma loja na capital paranaense, que é um mercado culturalmente muito rico”, afirma Pedro Herz, presidente do Conselho de Administração da Livraria Cultura.


A Livraria Cultura possui um catálogo com mais de 3 milhões de títulos de livros e 170 mil de CDs e DVDs, além de games, revistas e uma linha de produtos exclusivos. 

É aguardar para conferir.  


Redação: Luana Gabriela
Fonte: Pagina1 Comunicação



sexta-feira, 11 de março de 2011

Agenda 500g

Sexta-feira
Happy Hour no Ripa na Chulipa (com música ao vivo)
End: Av. Iguaçú, 2172

Tel: 3015-4626


Sábado à tarde
Exposição Quintana em Imagens no Quintana Café
End: Avenida Batel, 1.440 - (41) 3078-6044 (41) 3078-8944

Horário de funcionamento:
Segunda a sábado: das 11h30 às 18h
Domingos: 12h às 16h


Sábado à noite
Anacrônica e Os Marmanjos no Empório São Francisco
End: Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1138 - Alto São Francisco - Curitiba

(41) 3222-0301

Domingo à tarde
Estreia do longa paranaense: Corpos Celestes
Em Cartaz no: shopping Estação e shopping Crystal
 
Domingo à noite
Peça Minha Vontade de ser Bicho
Teatro Novelas Curitibanas
Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1222.
Tel. (41) 3233 8552

segunda-feira, 7 de março de 2011

Exposição em Curitiba revela lados contraditórios do ser humano

Homem: o ser mais intrigante do universo. É forte para encarar horas diárias de trabalho e estudo, mas se desmancha se seu time  perde ou se o mocinho e a mocinha se separam na novela. Forte e frágil ao mesmo tempo. Homens e mulheres são marcados pela necessidade de serem firmes, fortes na vida, mas sempre há algo que os tira o chão da estabilidade racional, e toca fundo a emoção. A arte: como uma maneira de representar e  uma busca para entender a raça humana.



Peças inéditas são apresentas nessa exposição
No último dia 3, aconteceu a abertura da exposição Anima, de Désirée Sessegolo. Ao som de "alguma coisa acontece no meu coração", entoada por um músico convidado no sax, admirar as peças inéditas da artista foi um exercício e tanto para o coração. As obras expressam essa contradição humana. Forte na estrutura, mas de essência delicada. Os que estiveram presentes surpreenderam-se com o resultado da técnica exclusiva desenvolvida pela artista: a de vidro fusão. Até mesmo as cores e a disposição das peças faziam referência a sociedade e a natureza. 

Formas e cores são grande diferencial da artista


A exposição fica aberta até dia 31 deste mês, no Sesc Àgua Verde, em Curitiba. 

Conheça um pouco do trabalho da artista no site: http://www.ceramicaevidro.com/

Serviço:
Título: Anima
Técnica: Arte em vidro /Vidro celular
Local : Galeria de Artes do Sesc Água Verde
Av. Rep. Argentina , 944, das 8h30min às 21h
Quando: 3 a 31 de março 2011




Redação: Luana Gabriela
Fotos: Liange Kirchner 

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Carnaval em Curitiba é uma piada

O feriado está chegando. Apesar do tempo, e da fama de Curitiba em não ter carnaval, quem ficar por aqui vai poder se divertir. Na programação do Teatro Regina Vogue, no Shopping Estação, bom humor é que não vai faltar. 

De sexta a domingo o Stand-up Vale Tudo-Show do Improviso, acontece, marcando a estreia da Liga Profissional de Improvisação na capital. Dois grupos encenam o espetáculo: Humordaçados e Antropofocus.

Também neste feriado prolongado, o Regina Vogue  recebe o solo de Stand-up de um dos melhores humoristas paranaenses, Marco Zeni, em seu solo "Só ria".


Informações: (41) 2101-8292 ou www.reginavogue.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ARTE PLÁSTICA EM DESTAQUE NA CAPITAL


A designer e empresária curitibana Désirée Sessegolo trilha caminhos de sucesso no Brasil e fora dele. Já com experiência em exposições internacionais a artista volta a expor seu trabalho na cidade natal.

Désirée foi selecionada para realizar uma mostra individual no Sesc Água Verde. Segundo ela, as peças são inéditas e seguem o mesmo conceito da exposição realizada ano passado, no Museu Alfredo Andersen. As obras foram desenvolvidas através de um método de fusão especial, as esculturas são de vidro trabalhado com técnicas específicas e únicas que as tornam fortes na estrutura e de essência delicada, encantando público e críticos especializados. Também são caracterizadas pela contemporaneidade dos conceitos e das cores. “A fonte de inspiração é a natureza em conjunção com a alma e o espírito. As formas são sempre orgânicas e simples para evidenciar a textura de cada peça; e as cores intensas, pelas diferentes sensações que geram no observador”, explica Désirée.

Uma das peças da artista
A mostra intitulada Anima vem coroar a boa fase da artista plástica paranaense.  O interesse pela arte surgiu após uma surpresa da vida. “Decidi que era hora de me dedicar mais a coisas que dessem mais alegria e a coisas que eu queria fazer, mas não dava tempo. Ingressei no Atelier do Museu Alfredo Andersen em cursos de Cerâmica e Vidro”, conta. Nessa experiência encontrou uma forma de extravasar a criatividade, na elaboração de esculturas.

O nome da exposição faz referência às técnicas desenvolvidas pela artista. “Essa técnica de vidro fusão é o resultado da minha pesquisa com diversos tipos de vidro plano, em cacos e pequenos granulos, que ouso chamar de Vidro Celular. Celular porque remete o observador a macro imagens de organismos celulares em associação ao homem e à natureza. E assim, cheguei em um mundo até então desconhecido, onde a célula está em conjunção com a alma (Anima)”, comenta.


Désirée já teve uma peça premiada em 1º Lugar na categoria escultura no 3º Salão Internacional de Artes Visuais SINAP-AIAP em outubro do ano passado em São Paulo.

Conheça um pouco do trabalho da artista no site: http://www.ceramicaevidro.com/

Sobre a artista
Déssirée Sessegolo é formada pela Universidade Federal do Paraná, em Design Gráfico e pós-graduada em Marketing e Propaganda pelo ISPG. Profissionalmente trabalha com comunicação visual e marketing já há 26 anos.


Título: Anima
Técnica: Arte em vidro /Vidro celular
Local : Galeria de Artes do Sesc Água Verde
Av. Rep. Argentina , 944, das 8h30min às 21h
Quando: 3 a 31 de março 2011
Informações: (41) 9923-7353


Redação: Luana Gabriela da Silva
Fotos: Divulgação